O que dizem sobre nós

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João Monteiro

O meu nome é João Monteiro, tenho 58 anos e vivo em Lisboa.

Descobri aos 36 anos que possuía apenas um rim e apresentava doença urológica. Desde esta altura fui submetido a intervenções cirúrgicas e seguido em Consulta de Urologia durante 5 a 6 anos, mais tarde encaminhado para consulta de Nefrologia, acabei por iniciar Hemodiálise em maio de 2022. Encontro-me desempregado desde 2021, e ocupo parte com algo que me dá muito gosto, a leitura.

Tanto eu como minha família nos adaptamos bem ao início da hemodiálise, pois era algo que sabia que viria a acontecer um dia e sempre falamos sobre isso. Convivo com naturalidade com a doença, tenho relativa facilidade em cumprir as restrições inerentes embora de vez em quando cometa um ou outro excesso.

Dou nota máxima aos cuidados recebidos na unidade de diálise, onde sinto que sou muito bem cuidado.

Como conselho a quem inicia Hemodiálise, digo que devem seguir sempre os conselhos dados pela equipa multidisciplinar e ter um papel ativo no nosso tratamento, devemos ser os principais interessados em cuidar da nossa saúde.

Isaura Martins

O meu nome é Isaura Martins e tenho 47 anos.

Iniciei Hemodiálise aos 17 anos de idade. Aos 18 fiz transplante renal. Após 12 anos, houverejeição do órgão, pelo que reiniciei Diálise. Para além desta doença, outros problemas desaúde complicados surgiram, impedindo que conseguisse continuar a desempenhar as minhas funções profissionais.

Há cerca de 4 anos descobri uma paixão que me ocupa o tempo e a mente, e me faz sentir mais útil e próxima das pessoas, para além de ser também uma ajuda económica. Faço artesanato, mais propriamente bonecas de pano e outras peças em tecido.

Para um melhor conhecimento da minha atividade, poderá consultar-se a página de Facebook ISAMAR – Adereços Artesanais, onde exponho alguns trabalhos realizo.

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Cláudio

O meu nome é Cláudio, tenho 49 anos. Ao fim de 2 meses de vida foi-me retirado cirurgicamente o rim esquerdo por atrofia.

Vivi apenas com um rim até aos 16 anos, altura em que iniciei Hemodiálise. Fiz tratamento durante um ano, sendo transplantado com 17 anos.

Com 33 anos de idade, o rim transplantado entrou em falência e regressei à Hemodiálise.

Encontro-me a realizar Hemodiálise desde essa altura, com o apoio da minha família que sempre esteve ao meu lado. Faço a minha vida normalmente, trabalho, viajo de férias fazendo tratamento noutras clínicas.

O ambiente na nossa unidade é maravilhoso, desde médicos, enfermeiros e assistentes operacionais, são todos ótimos.

Sempre convivi bem com a minha doença e tento abstrair-me dela ao máximo, e recomendo aos outros utentes que façam como eu e tentem viver a vossa vida da forma mais natural possível.

José Teixeira

Há quanto tempo faz diálise?

Comecei a fazer hemodialise peritoneal no dia 6 de agosto de 2009. Há 11 anos. Com o tempo passei a fazer peritonites em media de três em três anos. Para alem do incomodo que causava, provocou a ineficiência do peritoneu. O que me levou á hemodialise em dezembro de 2015. Melhorou a minha qualidade de vida, onde não tenho tido intercorrências dialíticas nos meus tratamentos. Fui transplantado em 2019, mas sofri uma rejeição aguda e voltei á hemodialise.

Tem filhos?

Tenho 2 rapazes.

Como é que a sua família reagiu quando tomaram conhecimento do seu estado de saúde?

Reagiu normalmente. Já estávamos a contar. Estive 6 anos a ser acompanhado em consulta hospitalar, mas tínhamos a noção de que em determinado momento reria de iniciar hemodiálise.

Como vê o ambiente na sua Clínica?

Na clínica o ambiente é amigável, os profissionais são bons…é perfeito!

Gostaria de ver alguma coisa modificada ou melhorado?

Não estou a lembrar-me de nada.

Como tem convivido com a sua doença renal?

Tento conviver com normalidade. Respeito algumas restrições, mas tenho consciência que deveria ser mais rigoroso.

Que mensagem gostaria de deixar a quem está a iniciar diálise?

Deixaria alguns conselhos alimentares: diminuir ingestão de alimentos com potássio e fósforo e controlar a ingestão de líquidos.
Aconselharia também a ouvir os conselhos dos enfermeiros sobre os cuidados a ter em casa.